O resultado desse processo é o Manifesto Nacional pela Empregabilidade, um documento coletivo que apresenta diretrizes para transformar a inserção e o desenvolvimento de jovens talentos no Brasil.
O Manifesto Nacional pela Empregabilidade é um convite para que instituições, empresas e líderes se unam em torno de um mesmo propósito: preparar nossos jovens para um futuro com mais oportunidades.
Os 4 Eixos do Manifesto
Eixo 1 – Cultura Institucional Orientada à Carreira
Para transformar a empregabilidade em uma prioridade real, é preciso que a carreira dos estudantes esteja no centro das estratégias acadêmicas. Isso significa integrar o desenvolvimento profissional ao projeto pedagógico, criar indicadores claros de empregabilidade e envolver todos, da reitoria ao corpo docente, na missão de preparar jovens para prosperar.
Diretrizes:
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Incorporar disciplinas, mentorias e experiências práticas que desenvolvam competências técnicas e comportamentais.
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Criar métricas de acompanhamento da empregabilidade e compartilhar resultados com toda a comunidade acadêmica.
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Promover capacitação contínua de professores e coordenadores para atuarem como mentores de carreira.
Destaques:
- Institucionalizar o setor de carreiras, integrando-o aos projetos pedagógicos (PPC) e garantindo presença contínua na formação do estudante.
- Gerar indicadores claros de empregabilidade (capilares e globais), para tangibilizar resultados e orientar decisões institucionais.
- Fortalecer a sinergia entre carreiras, acadêmico e mercado, ampliando contato com empresas, egressos e práticas em sala de aula.
Eixo 2 – Integração com o Mercado de Trabalho
As parcerias com empresas não devem ser pontuais, mas sim estratégicas, contínuas e mutuamente benéficas. A conexão entre IES e mercado precisa gerar oportunidades reais para os alunos e respostas efetivas às demandas corporativas.
Diretrizes:
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Estabelecer programas de estágios, projetos de extensão e desafios corporativos em parceria com empresas.
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Criar canais diretos de comunicação entre gestores acadêmicos e RH das empresas para alinhar necessidades e oportunidades.
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Organizar feiras, encontros e eventos que promovam networking e empregabilidade.
Destaques:
- Ampliar parcerias estruturadas com empresas, envolvendo convênios, visitas técnicas, projetos de extensão e mentorias.
- Promover eventos de integração (hackathons, feiras, workshops) que conectem alunos, empresas e instituições.
- Criar canais de comunicação contínua com empresas (ex.: portais, podcasts, espaços de diálogo), fortalecendo a troca de expectativas e oportunidades.
Eixo 3 – Protagonismo Estudantil
O sucesso profissional começa quando o próprio estudante assume o papel de protagonista da sua trajetória. As instituições devem estimular essa postura por meio de desafios, autonomia e acesso a ferramentas que facilitem escolhas conscientes.
Diretrizes:
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Incentivar o aluno a traçar seu plano de carreira e revisá-lo periodicamente.
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Oferecer workshops, mentorias e plataformas que permitam ao estudante avaliar suas competências e planejar seu desenvolvimento.
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Criar espaços de inovação, liderança e voluntariado para prática de habilidades socioemocionais e técnicas.
Destaques:
- Fomentar o autoconhecimento e o projeto de vida, inserindo orientação de carreira desde o início da jornada acadêmica.
- Estabelecer programas de mentorias e cases com egressos, aproximando os alunos de trajetórias reais e inspiradoras.
- Curricularizar atividades de carreira (extensão, empresas júnior, oficinas, projetos integradores), colocando o estudante como agente ativo de sua trajetória.
Eixo 4 – Políticas Públicas e Fomento
A transformação do ecossistema de carreiras no Brasil exige políticas públicas consistentes e incentivos que conectem educação e mercado. É preciso mobilizar governos, empresas e instituições de ensino para construir um pacto nacional pela empregabilidade.
Diretrizes:
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Propor políticas de incentivo fiscal para empresas que invistam na contratação e capacitação de jovens talentos.
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Integrar dados de empregabilidade às avaliações institucionais e às políticas de financiamento estudantil.
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Estimular a criação de editais e programas de fomento para projetos inovadores de desenvolvimento de carreira.
Destaques:
- Criar políticas de incentivo fiscal e bolsas para ampliar acesso e permanência dos jovens no ensino superior e no estágio.
- Incluir a orientação de carreira no currículo da educação básica e média, preparando estudantes desde cedo para escolhas profissionais.
- Ampliar convênios e programas governamentais, conectando IES, empresas e órgãos públicos em projetos de empregabilidade e inovação.